Quando perguntaram a Jesus "Quem é o meu próximo?", Ele não respondeu.Ai você diz: Respondeu sim!Respondeu não!Ele não definiu "próximo", não conceituou e nem deu um exemplozinho para facilitar!Não disse: "Teu próximo é assim ou assado".Ele só contou uma estória e terminou com uma pergunta: Quem foi o próximo do cara caído no chão?"Quem é o meu próximo" é pergunta filha da árvore do conhecimento, que deseja saber o critério a ser usado do lado de fora para identificar quem é próximo e quem não é.Religião...que nasce da arvore do conhecimento!Os religiosos tinham suas idéias e conceitos de próximo. Aquele cara não se encaixava, por isso foi deixado lá!Já vi gente usar o texto para dizer: "O teu próximo é aquele que passa necessidade", ou então: "o teu próximo é aquele por quem você fica compadecido devido a situação dele."E assim, dizem que o próximo é o cara caído no chão.E ainda não é!Dizer que ele é o próximo é estabelecer o critério, coisa que Jesus não fez!Se o próximo fosse aquele cara, próximo seria apenas quem se enquadrasse naquela situação.A estória não é para dizer que o próximo é o cara caído.A estória é para tirar o olhar que julga o outro (que eu procuro eleger como próximo) e fazer o olhar se voltar sobre mim.Porque o próximo não é o outro.Então para de procurar quem é o teu próximo.O próximo da estória é o cara que se move de íntima compaixão.Próximo é quem se aproxima.O próximo foi o Samaritano...que agiu com misericórdia.Vai e faz o mesmo.
O Caminho da Graça não é instituição, não é grupo de auto ajuda, não é um lugar, não é religião, não é ONG, não é associação de pessoas que pensam igual. O Caminho da Graça é Jesus Cristo e aqueles que entenderam seu Evangelho e O seguem. Onde você estiver, com qualquer pessoa que estiver e em qualquer situação, se ali você estiver com esta Verdade em sua vida, você estará no Caminho da Graça.
Segunda-Feira - 13.07.2011- ESTAÇÃO DO CAMINHO DA GRAÇA - D.CAXIAS - RJ
DIVULGAÇÃO DE ENCONTRO DE ESTAÇÕES NO RIO DE JANEIRO.
PRÓXIMO ENCONTRO DE COMUNHÃO DA ESTAÇÃO CAMINHO DA GRAÇA EM DUQUE DE CAXIAS ( Ligue para os tels abaixo)
ENDEREÇO:RUA PROFº DE SOUZA HERDY, Nº 994 ( RUA DA AFE - UNIGRANRIO ).NA OUTRA QUADRA APÓS O BAR DO ZECA NO SALÃO DO TILKAS. NO TOLDO AZUL.
INFORMAÇÕES: Ricardo Cel.:9456-2566 ( CLARO)/ Cel.8844-6269 Cláudio.Traga doações de cobertores e alimentos não pereciveis,para assistência aos desabrigados.
O CAMINHO DA GRAÇA é um movimento em movimento que se identifica com o EVANGELHO de Jesus de Nazaré e com todos que se identificam com o EVANGELHO.
Se você deseja saber onde encontrar Estações do Caminho da Graça pelo Brasil clique aqui e entre em contato com os mentores responsáveis.
http://www.caiofabio.net/conteudonews.asp?codigo=6
Todos os dias as 09H00 você pode assistir o PAPO DE GRAÇA ao vivo com Caio Fabio e o dia todo você pode ver e ouvir do EVANGELHO de Jesus de Nazaré assistindo a VEMEVETV.
http://www.vemevetv.com.br/
O site www.caiofabio.net concentra um conteúdo de informações e reflexões sobre temas os mais variados. É só acessar e colocar uma palavra no espaço “buscar” e você poderá se instruir a respeito do que lhe interessar.
No BLOG DO CAMINHO DA GRAÇA http://blogcaminho.blogspot.com/ você encontra atualizações diárias sobre tudo que vem acontecendo no Movimento Caminho da Graça.
CAMINHO NAÇÕES http://www.caminhonacoes.com/ te deixa inteirado sobre todas as iniciativas para fora do Brasil do Movimento Caminho da Graça.
Aqui você se informa como participar do MOVIMENTO PEQUENINOS DA NIGERIA
http://www.caminhonacoes.com/
voce pode participar também deste encontro no ambiente virtual.
Caminho da Graça Estação Virtual http://estacaocaminhovirtual.blogspot.com/p/chat.html
Lembrando que as reuniões acontecem as TERÇAS FEIRAS , virtual mas muito intensamente, as 20:30h (horario de Brasilia).
Se você achar que deve e voluntariamente deseja CONTRIBUIR com a manutenção deste Movimento clique aqui http://www.caiofabio.net/contribuicao.asp e CONTRIBUA generosamente.
Recomendamos aos que desejam saber mais sobre o conteúdo do que ensinamos no Caminho da Graça que leiam as reflexões no site www.caiofabio.net , leia os livros SEM BARGANHAS COM DEUS, ENIGMA DA GRAÇA e o CAMINHO DO DISCIPULO ou acompanhe pela VEVTV as QUARTAS FEIRAS 20h00.
Você pode se dirigir pessoalmente a um dos mentores do Caminho da Graça através dos contatos que estão em cada um dos links acima registrados.
Voce pode encontrar ajuda sobre sua caminhada como pessoa, como ser humano e ser acompanhado na jornada espiritual, emocional, psicológica, relacional, buscando nestes links acima citados os mentores indicados pra estes serviços que disponibilizamos.
Todos são bem vindos entre nós.
Graça, paz & todo bem.
Numa Estação do Caminho da Graça você encontrará o que Jesus encontrava pelo caminho — ou seja, GENTE! Gente quase sem problemas. Gente com problemas. Gente com muitos problemas. Gente atolada em problemas. Gente-problema. Gente solucionadora de problemas apesar de serem perseguidos por problemas. Gente se casando. Gente que chegou descasada e se recasou. Gente que vivia traindo e parou de trair. Gente que ainda trai. Gente que se encara. Gente que mente e nunca se encara. Gente que muda. Gente que ouve, ouve, gosta, mas não muda. Gente madura. Gente infantil. Gente que entendeu. Gente que está entendendo... Gente que não entendeu nada ainda. Gente que vai lá e supostamente anda conosco por interesses de todas as ordens... Gente que logo vê que é vista em sua dissimulação. Gente que aceita a verdade. Gente que gosta de tudo até que a verdade as moleste.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Certo, mas quem é o meu próximo?
Quando perguntaram a Jesus "Quem é o meu próximo?", Ele não respondeu.Ai você diz: Respondeu sim!Respondeu não!Ele não definiu "próximo", não conceituou e nem deu um exemplozinho para facilitar!Não disse: "Teu próximo é assim ou assado".Ele só contou uma estória e terminou com uma pergunta: Quem foi o próximo do cara caído no chão?"Quem é o meu próximo" é pergunta filha da árvore do conhecimento, que deseja saber o critério a ser usado do lado de fora para identificar quem é próximo e quem não é.Religião...que nasce da arvore do conhecimento!Os religiosos tinham suas idéias e conceitos de próximo. Aquele cara não se encaixava, por isso foi deixado lá!Já vi gente usar o texto para dizer: "O teu próximo é aquele que passa necessidade", ou então: "o teu próximo é aquele por quem você fica compadecido devido a situação dele."E assim, dizem que o próximo é o cara caído no chão.E ainda não é!Dizer que ele é o próximo é estabelecer o critério, coisa que Jesus não fez!Se o próximo fosse aquele cara, próximo seria apenas quem se enquadrasse naquela situação.A estória não é para dizer que o próximo é o cara caído.A estória é para tirar o olhar que julga o outro (que eu procuro eleger como próximo) e fazer o olhar se voltar sobre mim.Porque o próximo não é o outro.Então para de procurar quem é o teu próximo.O próximo da estória é o cara que se move de íntima compaixão.Próximo é quem se aproxima.O próximo foi o Samaritano...que agiu com misericórdia.Vai e faz o mesmo.
sábado, 23 de outubro de 2010
O BEM DO BOM SOFRIMENTO
O BEM DO BOM SOFRIMENTO
Sejam vocês todos de um mesmo sentimento, compassivos, cheios de amor fraternal, misericordiosos e humildes;
não retribuindo mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo; porque para viver assim é que cada um de nós foi chamado; ou seja, para sermos galardoados com bênçãos, e para termos bênçãos por herança.
Quem assim vive e busca viver, ama a vida, não a morte. Pois, quem quer amar a vida, e ver e viver dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano; aparte-se do mal que seu próprio espírito discerne; e faça o bem, que é a inclinação do amor; assim, então, busque a paz, e siga-a...
Porque os olhos do Senhor estão sobre os que andam conforme a justificação na justiça da fé, e os seus ouvidos estão sempre atentos às suas súplicas; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem o mal por mal, que são aqueles que amam a morte.
Ora, quem é o que fará mal a vocês, se vocês forem ávidos pelo que é do bem?
Por outro lado, se vocês padecerem por amor ao que é justo, bem-aventurados sejam vocês!
E não tenham medo de ameaças, nem fiquem perturbados com os ruídos da maldade; antes santifiquem a Cristo nos corações de vocês pela confiança de que Ele vê em secreto, e há de se mostrar Senhor de tudo e todos.
Também estejam sempre preparados para responder sobre a razão da esperança de fé que cada um de vocês tem em Jesus; porém, façam isto com mansidão e respeito pelos que pensam diferente. Não há razão em quem não sabe controlar suas próprias emoções, deixando-se levar por forças contrárias à própria mensagem de Jesus, que é amor.
Portanto, sempre que vocês venham a dar a razão da esperança que há em vocês, façam isto tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que alguns falam mal de vocês—há sempre estigmas a carregar—, fiquem confundidos os que tentam manchar aquilo que é o bem de vocês; sempre sabendo que o grande poder de convencer é do amor. Sendo assim, procedam conforme o amor em Cristo, nunca tentando vencer, mas servir.
Porque se alguém tiver de sofrer, melhor é que sofra por estar fazendo o bem, se a vontade de Deus assim o quer, do que por estar fazendo o que é mal.
Aliás, foi conforme esse princípio eterno que Cristo morreu uma só vez pelos pecados; visto que a injustiça é a lei do pecado; e na Cruz Jesus a removeu de uma vez.
Ele, todavia, morreu; e fez isto de uma vez e para sempre; sim, o justo morreu pelos injustos, para nos levar a todos de volta a Deus.
E Ele na verdade foi morto na carne, mas foi vivificado no espírito. Mas primeiro a carne morreu; então o espírito foi vivificado.
Foi neste momento-eterno da morte, que Jesus, em espírito, foi e pregou aos espíritos que estavam em cativeiro. Ora, esses espíritos em prisão são todos daqueles que haviam transgredido contra o amor e a bondade de Deus revelada aos homens nos dias anteriores ao Dilúvio, enquanto Noé construía a arca.
Aqueles que morreram naquele Batismo da Humanidade foram visitados por Jesus, em espírito, enquanto Seu corpo estava morto na Tumba.
Para nós era um dia. Mas para Deus era a eternidade!
Noé construiu mais que a arca. De fato, ele, sem o saber, construía uma arca de esperança, e que em Jesus se realizou para toda a humanidade que crer.
Na arca de Noé apenas oito pessoas foram salvas através da água.
A questão é que aquela arca de madeira corruptível prefigurava a arca incorruptível, que nos põe a salvo da morte; a qual, digo: a morte, é prefigurada pela água do batismo; que representa o batismo de nossa “carne” na morte de Cristo.
Aqui vale dizer outra vez que estamos diante de um verdadeiro arquétipo bíblico, e que é Um, porém se faz carregar de mais de um significado; ou seja: é o Dilúvio que mata; e é a Arca que salva; ora, ambos, no batismo, são um só; e atestam a salvação já acontecida como vida e morte; sobretudo, como ressurreição.
O que salva vocês não é a água, visto que a água lava o corpo, mas não nos despoja da imundícia da consciência contaminada.
O que salva vocês é a certeza da Graça de Deus em Cristo, a qual somente é apropriada pela graça da fé, e se expressa mediante a confissão e a indagação de uma boa consciência para com Deus. E isto não se baseia em feitos próprios, mas se fundamente exclusivamente na ressurreição de Jesus Cristo—que é Quem nos justifica—; visto que Ele está também está à destra de Deus, tendo subido ao céu; havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades de todos os mundos existentes, e as potestades de todos os reinos de todos os Universos.
Ora, nós somos discípulos de Jesus; assim, já que Cristo padeceu na carne, não devemos jamais pensar que nós estaremos isentos de tais possibilidades.
Por isto, armemo-nos de um pensamento que estava em tudo o que Jesus fazia. Isto porque Ele nos ensinou que aquele que padeceu na carne deixou o pecado.
Ele nos deixou este ensino para que no tempo que ainda nos resta na “carne”—carne esta que é feita de mim contra mim mesmo—, não continuemos a viver escravizados pelas correntes dos desejos idolatrados; pelo contrário, que toda a energia que nós temos foque na vontade de Deus, que é vontade de vida e paz, não de ódio, escravidão e morte.
Vocês já tiveram a cota de vocês; digo, cota de existência sem significado que não se realizasse apenas pela idolatria dos sentidos e dos desejos!
Porque já é bastante que por tanto tempo passado vocês tenham realizado os desejos criados pela tirania dos falsos costumes, tempo no qual a vida de vocês era cheia de dissoluções, desejos fetichistas, dormência dos sentidos, idolatria da vontade de ter por ter, possuir por possuir, e comer por comer; como glutões da existência.
Ora, esses falsos costumes também são feitos de falta de sobriedade e lucidez; por isto nossa alma vivia em permanente estado de idolatria existencial e prática; seja no culto à estátuas vazias ou no entregar-se ao Vazio como um deus a ser satisfeito em-si-mesmo; assim, nunca nos satisfazendo em nada.
Há boca, mas não há fala. Há palavras, mas não há linguagem. Há coisas belas aos sentidos, mas não há verdade abaixo da imagem e do som. Ora, isto torna aquilo que deveria ser vida numa existência abominável.
Mesmo assim, eles acham estranho que vocês não corram com eles no mesmo desenfreamento de dissolução; ou seja: de dissolvência do ser.
Esta é a razão porque ficam zoando de vocês!
O que não se pode esquecer é que todos nós vamos dar conta Àquele que há de julgar os vivos e os mortos.
Esta é a razão do Evangelho ter sido pregado também aos mortos, para que, na verdade, mesmo que na visão humana eles tenham se “perdido” e sido “desperdiçados” de toda Graça, isto segundo o parecer dos olhos dos homens; pudessem, a despeito de tal julgamento, estar vivificados segundo Deus, em espírito.
O fim de todas as coisas já está próximo. Portanto, sejamos lúcidos, e tenhamos a mente cheia de oração; tendo antes de tudo ardente amor uns para com os outros. Isto porque, meu queridos, o amor cobre uma multidão de pecados.
E o amor também se faz prático; por isto, sejam acolhedores como aquele que hospeda com amor; logo, sem murmuração.
Sirvam uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu de Deus e de Graça. Assim fazendo vocês estarão sendo gratos a Deus pelo bom uso que fazem dos dons que pela Graça foi dado a cada um.
Assim, façam tudo na vida!
Portanto, se seu dom é trazer a Palavra, fale como entregando oráculos de Deus; se alguém serve e cuida de coisas práticas, faça esse ministério segundo a força que Deus concede, não busque fazer menos, nem tente fazer mais. É conforme Deus concede!
Se assim for, em tudo Deus será glorificado por meio de Jesus Cristo, a quem pertencem a glória e o domínio para todo o sempre. Amém.
Amados, não estranhem a ardente provação que vem sobre nenhum de nós, para nos experimentar.
Sim! não fiquem estranhando como se algo horrível estivesse acontecendo. Antes, regozijem-se por serem participantes das paixões de Cristo; para que também na revelação da Glória Dele, vocês possam dançar e celebrar em plenitude.
Dessa forma, repito:
Se pelo nome de Cristo vocês forem degradados, sintam-se bem-aventurados; porque sobre vocês repousa o Espírito da glória, o Espírito de Deus.
Minha oração é que nenhum de nós, entretanto, padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se mete na vida do próximo.
Se vocês tiverem que padecer, que seja como um cristão; e não se envergonhe de que assim seja; antes glorifique a Deus com tal nome.
Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e se começa por nós, qual será o fim daqueles que desobedecem ao evangelho de Deus, especialmente os que o conhecem?
Ora, se aquele que busca o bem não se salva por si mesmo, como se salvará o impiedoso contumaz?
Portanto os que sofrem segundo a vontade de Deus confiem as suas almas ao fiel Criador, praticando o bem.
Caio, seguindo os passos e conselhos do Irmão Pedro.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
DEUS PRIMEIRO SALVOU, DEPOIS CRIOU O QUE SERIA-FOI SALVO
Segundo a teologia prevalente, Deus criou, e como algo deu errado, Ele deu um jeito de amor nas coisas, enviando Seu Filho para resgatar aqueles que, ouvindo acerca Dele, venham a crer; e, então, se continuarem firmes na fé, que significa estar “firme na igreja”, eles vão para o céu. Mas quem não ouviu, ou ouviu e não “creu” — sendo que estar numa “igreja” é o atestado de que se “creu” —, esse, ou esses muitos (aliás, a maioria absoluta), estão danados num inferno que é visto como um tempo (cronos) sem fim.
Desse modo, a “igreja” é o centro de todas as coisas que concernem ao céu e ao inferno, assim como ela é a parte da humanidade que está salva e tem a obrigação de fazer a outra parte ouvir, aceitar, e entrar para a “igreja”, a fim de ser realmente salvo.
Essa é a idéia que habita o inconsciente e o consciente da “igreja” e do “cristianismo”. E é também essa idéia que prevalece nas três religiões monoteístas do mundo: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.
Nesse caso, por mais que Deus ganhe, somente Ele pode explicar como ganhou alguma coisa, visto que a maioria absoluta de Suas criaturas vai direto para o inferno. A menos que a alegria de Deus fosse feita das gargalhadas do diabo.
Entretanto, essa é a simples implicação de ser crer que o Deus Criador é um, e que o Deus Redentor é outro; ou que a Graça comum é uma, e a Graça especial é outra; e que os filhos de criação de Deus são todos os perdidos, e os filhos salvos são apenas os que se tornaram cristãos.
O resultado de se crer que há uma dualidade entre criação e redenção, na prática, é aquilo que nós chamamos de História da Igreja. E essa História declara apenas o desastre de tal visão do mundo. Na realidade, pode-se dizer que a História do Ocidente, e por extensão de influência e poder, de todo o mundo — é a História de como tal visão de um mundo dual pode acabar com a Terra; como hoje se vê.
Entretanto, se o Cordeiro foi imolado antes da fundação do mundo, o mundo foi criado no ambiente da Redenção; e não o contrário. Ora, tal percepção desconstrói por inteiro o edifício da teologia cristã e acaba com o poder Imperial que a “igreja” tomou para si, desde Constantino.
Além disso, toda a narrativa bíblica ganha sentido; visto que os desastres da criação e as catástrofes humanas — da Queda até hoje —, fazem parte da redenção em processo na criação; sendo que essa redenção é um ato-processo que visa levar a criação e o homem à plenitude deles mesmos; o que só poderia acontecer numa criação que exista já dentro da ambiência da Graça Única.
Se o Cordeiro não fez Sacrifício antes de criar, tudo o mais acontece como remendo de pano novo em veste velha; o que se choca com o modo de Jesus agir. E Ele disse: “Eu e o Pai somos Um”.
Na realidade a visão que a teologia cristã tem da Queda e da Redenção é a de “remendo de pano novo em vestes velhas”. É por isto que não pode jamais dar certo; como jamais deu.
Quem, porém, crê que tudo o que existe já foi chamado à existência no ambiente da Graça, esse nunca mais vê o mundo do mesmo modo; e, em sua mente, jamais a visão das coisas é a mesma.
Mas como tenho dito, as implicações de tal percepção estão para além daquilo que a “igreja” deseja, ou concebe aceitar para si, visto que ela teria que morrer, para poder dar muito fruto.
Somente se na “igreja” houvesse o mesmo espírito que houve também em Cristo Jesus, o qual se esvaziou, se identificou, e não buscou ser nem mesmo quem era (Deus), é que poderia haver algum significado para ela nesta existência ainda. Do contrário, ela não terá qualquer contribuição espiritual a dar à humanidade.
Enquanto isto, os planos de Deus não são frustrados, e Seu Espírito segue abraçando a todas as criaturas; e continua derramando Graça sobre todos os homens,em todos os lugares, segundo a Ordem de Melquisedeque; pois, tudo e todos os que existem, já estão designados para voltarem para Ele; pois, pelo Seu sangue, Ele reconciliou consigo mesmo todas as coisas; as quais, já foram criadas sob o signo da reconciliação eterna realizada pelo Cordeiro antes de todas as criações.
Tal visão, entre outras coisas, nos levaria a tratar da criação como quem ministra um sacramento!
No dia em que a visão da fé for a de que a Criação aconteceu no ambiente da Redenção e da Graça, nesse dia, o culto será a vida e a vida será o culto; e a catedral será a existência toda; pois, tudo já é nosso, seja a vida, seja a morte, sejam as coisas do presente ou do porvir; tudo é nosso, e nós de Cristo, e Cristo de Deus.
Nele, em Quem tudo é e todos são,
Caio
(Escrito em 2006)
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
A benção da desilusão
Muitas pessoas buscam segurança na religião. Mas segurança, como uma forma de blindagem contra todos os percalços da vida é uma ilusão. E há muita gente iludida. Vendedores de ilusões não faltam, prometendo uma vida sem nenhum incidente, livramentos no último momento, uma vida realmente blindada. Como se Deus fosse um Super-Homem, sempre a aparecer no último momento para nos livrar a cara. Mas isso é uma ilusão.Por isso é que é preciso se desiludir. Nesse caso, desiludir-se é uma coisa boa. Não é algo confortável, mas necessário e bom. Mas por não ser confortável, muitos preferem continuar na ilusão. Como aqueles que tiveram a opção de tomar a pílula vermelha e sair da Matrix (no célebre filme de mesmo nome), ou seja, sair do domínio de um mundo irreal, virtual e ilusório. Quem viu o filme, se lembra que alguns decidiram continuar num mundo de mentira. A pílula azul era para continuar na ilusão. A pílula vermelha significava a dolorosa caminhada do conhecimento e da maturidade.Jesus não vende uma ilusão. Não doura a pílula, não escamoteia sua mensagem com meias palavras. As palavras de Jesus não têm absolutamente nada a ver com a ilusão que muitos procuram, de uma vida sem sobressaltos, rodeada de livramentos, sem enfermidade, sem acidentes, previsível. Ele não parece oferecer segurança para seus discípulos. Segurança existencial sim, mas não aquela segurança como garantia de uma vida absolutamente sem percalços. Ele disse: “No mundo tereis aflições”. Basta olhar. Basta ser um tantinho realista para perceber que a vida é cheia de sobressaltos. O chamado de Jesus é para uma caminhada em que se enfrenta corajosamente a vida em todas as suas dimensões. Eu sei, reconhecer isso dói. É como aquela pessoa que reluta em assumir-se adulta, porque a maturidade tem seus desafios, a criancice exige menos responsabilidades, mas é necessário encarar os fatos. Para isso é preciso se desiludir. Abandonar a ilusão e encarar a realidade. Não é desencanto, que é o mesmo que desesperança. Mas desilusão, abandono de uma ilusão pueril, infantil, de negação da própria humanidade e da realidade da vida. Mas nunca desencanto, pelo contrário, só quando houver desilusão, ou seja, o abandono das ilusões, poderá haver um verdadeiro encantamento pela vida e uma verdadeira, madura, esperança em Cristo Jesus. Por isso que há tanta gente desiludida, no mau sentido, com Deus. Na verdade sem nenhuma esperança mais em Deus. Porque lhe prometeram algo que nem Deus prometeu: uma vida blindada. O convite de Jesus é para uma jornada de fé, em que enfrentamos a vida com coragem. O exemplo dele mesmo é retumbante, sendo Deus feito homem, enfrentou com coragem o calvário, a cruz. Ficamos, pois, num mundo sem garantia alguma? Não, há uma garantia maravilhosa para aqueles que decidem enfrentar corajosamente a vida, sem ilusões: a de que Ele estará conosco todos os dias, até o fim dos dias.
Márcio Rosa da Silva (Via Emeurgência)Título Original: Abandonando ilusões e encorajando-se para a vida!
sábado, 28 de agosto de 2010
O EVANGELHO E O SERVO INÚTIL!...
O primeiro é o de Mateus:
Porque isto [...] é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens. E a um deu cinco dinheiros, e a outro dois, e a outro um; a cada um segundo a sua capacidade; e, depois disso, ausentou-se logo para longe. Ora, tendo ele partido, o que recebera cinco dinheiro negociou com eles, e ganhou outros cinco. Da mesma sorte, o que recebera dois, que veio a ganhar também outros dois. Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
Muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles!...
Então [...] aproximou-se o que recebera cinco dinheiros, e trouxe-lhe outros cinco dinheiros, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco; eis aqui outros cinco dinheiros que ganhei com eles.
E o seu senhor lhe disse: Muito bem, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
Chegando também o que tinha recebido dois dinheiros, disse: Senhor, entregaste-me dois; eis que com eles ganhei outros dois.
Disse-lhe o seu senhor: Muito bem, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu Te conhecia, e sei que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste; e, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Servo mau e negligente; sabias [?] que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros.
Tirai-lhe, pois, o dinheiro; e dai-o ao que tem os dez. Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado.
Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.
A segunda afirmação de Jesus sobre o Servo Inútil está em Lucas:
E qual de vós terá um servo a lavrar ou a apascentar gado, a quem, voltando ele do campo, diga: Chega-te, e assenta-te à mesa? E não lhe diga antes: Prepara-me a ceia, e cinge-te, e serve-me até que tenha comido e bebido, e depois comerás e beberás tu?
Porventura dá graças ao tal servo, porque fez o que lhe foi mandado? É certo que não!
Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer.
No evangelho de Mateus a idéia positiva, a que faz um Servo Bom, é a confiança na Graça e a gratidão pelo privilégio de ser quem se é para Deus; sem medo de expressar e aumentar o dom da Graça em nossa vida; o que significa viver a plenitude de nossos dons, talentos, recursos e possibilidades; sendo que a ênfase recai sobre a alegria no servir como vida e do viver como serviço que dá sentido ao existir.
Já o Servo Inútil recebe um severo castigo...
E quem é esse Servo Inútil conforme Jesus declarou em Mateus?
Ora, é aquele que crê em Deus com raiva de Deus; e que projeta em Deus sua própria raiva de ser e existir; e que apenas crê em Deus como um fato inegável, porém desgraçado; visto que tal Deus é por tal pessoa visto como cruel e inimigo da alegria e da aventura de ser e crer; e, por tal razão, essa pessoa transfere para Deus sua própria visão mesquinha da vida, buscando assim não perder o que seja de Deus; porém, sem entender que o que Deus quer não é o dom que Ele deu, mas sim que a pessoa cresça conforme a confiança que tenha no fato de que Deus é amor, e também quanto à realidade de que Ele nunca dá sem que peça depois, e também nunca pede mais do que a capacidade de cada um de desenvolver.
Aqui em Mateus o que faz um Servo Inútil é a Amargura que se faz transferir para Deus e para a vida!
Sim! Pois toda amargura é paralisante!...
Já no evangelho de Lucas o Servo Inútil é aquele que é pago para fazer as coisas, mas, ainda assim, quer que ao chegar de suas tarefas o patrão se levante para agradecer!
Sim! Trata-se daquele tipo de assalariado que nunca é voluntário para nada, mas que deseja que o Patrão seja grato por ele fazer apenas aquilo que é pago para fazer!
Assim, em tal caso o Servo Inútil é o Funcionário do Bem, mas que nunca é Voluntário do Bem!
O Servo Inútil [ou] esconde com raiva a chance de servir... [conforme Mateus]; ou, então, é aquele que acha que a vida tem uma divida para com ele; portanto, realizando ele apenas o que lhe for mandado como tarefa de um salário, mas sem jamais se oferecer para a vida como um voluntário; sem cheque list, porém checando a vida e se dispondo a servir sem pensar em recompensa.
Desse modo o Servo Inútil é aquele que recebe o dom da Graça e o enterra sob a alegação de que servir a Deus é coisa dura e arriscada; ou, então, é aquele que serve a Deus e à vida na esperança de ser visto como herói de algo que nada mais é do que mera obrigação; ou seja: de algo cujo pagamento é a Graça de fazer.
Servo Inútil é todo aquele que diz:
“Não fiz nada, mas não atrapalhei... Afinal, Deus é duro!”
Ou então:
“Fiz tudo o que me mandaram. Recebi muito por isto. Mas onde está o reconhecimento?...”
Os amargurados fazem a primeira declaração com muito orgulho...
Os narcisistas, legalistas, justicistas e auto-referentes fazem a segunda declaração com cobrança ingrata...
Acerca de ambos os casos e espíritos [...] Jesus apenas diz...
Mateus:
Tirai-lhe, pois, o talento; e dai-o ao que tem os dez talentos. Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado.
Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.
Lucas:
Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer.
Agora veja...
Se você não oscila entre dias nos quais você esconde a Graça com raiva de Deus por mera amargura contra a vida...
Ou, então...
Veja se você não é daqueles que fazem a obrigação que é remunerada com Graça inefável, e, ainda assim, desenvolve expectativas que o Patrão da Vida não dispensará a você jamais...
Amargurados e Narcisistas não ganham nada de Deus!
O Servo Bom é aquele que se sabe tão inútil, que, por tal razão, vê em toda chance de servir algo que é apenas um Indizível Privilégio!
Nele, que assim disse que é,
Caio
17 de janeiro de 2010
Lago Norte
Brasília
DF
domingo, 22 de agosto de 2010
DEZ COISAS TÃO SIMPLES QUANTO ESSENCIAIS À VIDA!
2. Não tema pedir em oração, pois o Pai tem prazer em nos ouvir pedindo em fé confiante; mas lembre que Deus não está preso à oração, posto que somente nos atenda naquilo que Ele, como Pai, não julgue que nos fará mal;
3. Leia as Escrituras, especialmente a parte chamada de Novo Testamento; pois toda pessoa que, tendo tal chance, não a use, demonstra que não deseja mesmo conhecer a Deus; posto que seja pela leitura da Palavra que melhor se possa discernir a vontade de Deus;
4. Exercite-se na dadivosidade e na generosidade, pois por tais exercícios seu coração se manterá sóbrio em relação a dinheiro e poder;
5. Nunca fuja de uma necessidade humana que você possa ajudar a resolver... Seria como fugir de Jesus;
6. Fuja do pensamento malicioso. Seja sábio e sóbrio, mas não olhe com malicia, posto que o olhar malicioso corrompa todo o seu ser;
7. Cuidado com todas as raízes perversas... Sim, cuide de seu coração para que nele não cresçam as raízes da inveja, da amargura, da arrogância ou da auto-vitimização; pois essas são as piores raízes a serem deixadas vivas no chão do ser;
8. Nunca se sinta importante, pois tiraria toda a sua naturalidade de ser e viver...; além de que tal sentir é a ladeira para o abismo;
9. Nunca fuja de nenhuma verdade sobre você ou sobre quem você ame; pois, por tal evasão perde-se o discernimento e mergulha-se o ser no escafandro do auto-engano no fundo de um mar de rochas... Além disso, quem determina um auto-engano no pouco, esse será enganado no muito;
10. Ame a Deus e ao próximo; e não existirá lugar para ídolos em seu coração.
Estas são coisas simples e vitais... E aqueles que as seguem sempre são bem-sucedidos em tudo o que fazem; posto que seu fluxo de energia decorra da fonte do que é em Deus.
Nele,
Caio
sábado, 14 de agosto de 2010
ESCATOLOGIA E SOCIOPATIA CRISTÃ!
Psicopatia é um termo que designa disfunções psíquicas em geral, especialmente relacionadas à neurose, psicose e paranóia, ainda que na Psicanálise o termo faça referencia mais especifica às perversões do comportamento sexual e afetivo; daí tais indivíduos serem também chamados de sociopatas.
Paulo diz a Timóteo na segunda carta que a ele escreveu que nos “últimos dias” os homens seriam sociopatas, cada vez em maior escala de sociopatia...
Ora, o que Paulo chama de o homem do fim é um ser em estado de sociopatia, pois, diz ele: serão egoístas,arrogantes, avarentos, enfatuados, arrogantes, irreverentes, implacáveis, desafeiçoados, sem afeição natural, sem domínio de si mesmos, antes amigos dos prazeres e dos caprichos pessoais do que amigos de Deus e do próximo; e isto tudo enquanto se manteriam com cara de piedade e religiosos, embora negassem Deus e Seu poder [...] pelo modo como se comportariam — ou seja: possuídos de sórdida ganância, fazendo comercio da fé e da boa e simples vontade dos homens, enquanto seriam extremamente sedutores, ao ponto de fazerem cativas deles mulheres carentes, e, portanto, vendo sob o domínio das paixões da alma em descontrole e pânico de não haver amor na vida...
Ora, isto tudo Paulo diz que aconteceria dentro do grupo chamado igreja; sendo, portanto, uma advertência aos cristãos, aos discípulos; posto que Paulo tivesse certeza [dada a ele pelo Espírito Santo] que nos “últimos dias” as coisas seriam assim entre “os irmanos”...
A mim parece que faltam vários sinais a se cumprirem no mundo antes da volta do Senhor! Todavia, se há um sinal que já não necessita de maiores cumprimentos é esse que revela o estado sociopata dos cristãos e do que eles
convencionaram continuar a chamar “igreja” [...] — quando a recomendação de Paulo é simples: “Foge também destes!”...
Nesse sentido o Cristianismo já é o sinal do fim mais estabelecido que vejo diante de mim; pois, o que Paulo cria que haveria ainda de acontecer [...] entre nós se tornou fato simples do cotidiano...
A iniqüidade se multiplicou tanto que o amor já se esfriou em quase todos!...
Então surgiu o tempo da sociopatia fraterna; ou melhor: fratricídio...
Sim, surgiu o nosso tempo...
Ora, nesse tempo a Carta seria outro, a fim de agradar aos paladares dos cristãos e seus líderes atuais...
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!
Nele, que nunca nos deixou sem aviso,
Caio
quarta-feira, 21 de julho de 2010
O Que Queremos e o Que Não Queremos
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Os santos também sujam os pés
Um dos mais fascinantes momentos bíblicos, ao meu ver, é o momento em que Cristo, durante a última ceia, lava os pés dos discípulos. Toda vez que tento imaginar essa cena, meus olhos marejam... é simplesmente linda!!! E quanta coisa nos ensina...Ali estavam eles, os discípulos... haviam andado com o Mestre por alguns anos, contemplando face a face o verbo, Deus encarnado, sentindo o cheiro de Deus, vendo o “jeitão” de Deus, ouvindo sua voz...Mas estava chegando a hora final, a cruz que era desde a eternidade se fazia urgente, palpável, vinha dos tempos eternos para rasgar a história e ver cravada nela o cordeiro imolado desde antes da fundação do mundo. O que era fora do tempo, estava prestes a invadir a cronologia humana e executar o plano, o único plano de Deus para a salvação... a CRUZ.Jesus então cinge-se com uma toalha, tira a vestimenta de cima, enche uma bacia com água e passa a lavar os pés dos discípulos. Vergonha!! Humilhação!! Quem lavava os pés geralmente era um servo, alguém a mando de seu senhor, dono da festa, dono da casa. Inversão de valores, servos sendo servidos, o Senhor era quem os servia, o dono da festa é quem “paga o mico”... e Ele se humilhou...Pedro, em seu impetuoso temperamento, seu jeitão tosco, dono do mar, pescador destemido, na arrogância infantil que lhe era peculiar nega essa possibilidade: “nunca me lavarás os pés”. Gesto aparentemente humilde, pois trazia em seu bojo o reconhecimento da autoridade do Mestre, foi duramente reprovado por aquele que trazia a bacia e a toalha nas mãos: “Se eu não te lavar os pés, não tens parte comigo (...) quem já se banhou não necessita de lavar senão os pés; quanto ao mais está todo limpo...”Os santos também sujam seus pés no caminho!Mesmo aqueles que tem seus pés firmes na rocha, que caminham naquele que é o Caminho, podem por muitas vezes sujar os pés.O que mais me fascina em Jesus é sua total compreensão da humanidade e sua não-religiosidade. Jesus hoje seria, com certeza, confundido com o AntiCristo por alguns líderes da “religião cristã”, pois seu modo de agir, suas palavras e sua maneira de encarar as coisas difere muito da chamada “moral evangélica”.Jesus não seria “evangélico”. Cada vez mais me convenço disso. Seu modo de lidar com os erros, com as dificuldades daqueles que sujam os pés no caminho é totalmente diferente da forma como vejo a “igreja”. Ele cuida, ele trata, ele lava os pés, mas não deixa de dizer que o corpo já está limpo... são só os pés... empoeirados, sujos, machucados... quão diferente daqueles que jogam fora a criança junto com a água da bacia... tão típico dos grandes coronéis-apóstolos-super-pastores de nossos “arraiais”.Essa santidade que anda por aí, que não abre espaço aos pés sujos no caminho, essa eu não quero! Essa santidade do “não toque”, “não prove”, “não mexa” ... é a santidade dos fariseus. Paulo já dizia que essa santidade na verdade é falsa humildade, culto de si mesmo! (Cl 2.20-23). Essa santidade daqueles que querem ser mais santos do que Deus, daqueles que dizem que é pecado aquilo que Deus nunca chamou de tal, essa eu rejeito! A santidade dos “levitas”, dos “apóstolos”, dos “semi-deuses”, dessa eu quero distância.Quero deixar claro que não estou fazendo uma apologia ao pecado! O mesmo Paulo que escreve o texto acima também diz que não devemos fazer uso dessa liberdade para dar ocasião à carne (Gl 5.13). Para a liberdade foi que Cristo nos chamou, principalmente porque nos libertou do império das trevas, da tirania da carne, para o reino do Filho do seu amor. Liberdade que nos faz responsáveis e que nos enche de gratidão pela graça (ah! a graça) que nos enche os pulmões e a alma do vento que sopra onde quer.O que estou querendo dizer é que é possível, mesmo no Caminho, sujar os pés... e encontrar consolo naquele que lava pés, corações, mentes, olhos, simplesmente por ser a água viva.Que Ele nos guarde de todo o mal no caminho que, às vezes, nos suja os pés.
Fonte: [ Crer e Pensar ]Via: [ Pensar e Orar ]
.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
UMA ITINERÂNCIA DE AMOR!
Acabei de chegar de Barra Mansa/RJ e meu coração está saltitando de grande alegria! São tantas boas-novas...
Nosso bom Deus tem me dado um privilégio muito grande que é viajar para encontrar aqueles que estão caminhando conosco na mesma Graça pelo Brasil; não nos preocupamos em chamá-los Estações, nem iniciativas; isto pouco importa; são manos queridos espalhados pelo Brasil que caminham conosco, sem placa, sem nome, conhecidos apenas pelo único Nome!
Estive em Barra Mansa este final de semana. Pena que não seja possível expressar em palavras a alegria e emoção que senti ao estar com eles.
Foi tudo maravilhoso; aprendi tanto, fui animado, meu coração foi aquecido muito mais e saí de lá mais fortalecido e tão feliz por estar vivendo "este momento lindo".
Um grupo de irmãos presbiterianos, cerca de 120 pessoas – sem contar os que estão em Rialto e Siderlândia – , que resolveram abandonar a religião para seguirem na simplicidade do Evangelho.
Acompanharam seu pastor, o irmão Carlos Telji, que já cansado dos embates da religião com seus concílios políticos e seus sistemas teológicos, resolveu pedir exoneração do seu cargo pastoral e seguir sozinho. Mas os irmãos da Segunda Igreja Presbiteriana de Barra Mansa, onde ele pastoreou por 10 anos, não quiseram assim e o acompanharam.
Nestes três dias, convivi com vários irmãos acima dos 70 anos, dispostos a reaprender o Evangelho da Graça em Jesus, não como teoria teológica, mas como prática da vida e alegres com as novas descobertas ja no fim da caminhada, tendo o privilégio de presenciar a doce revolução. Foi lindo ver aqueles irmãos experientes na tradição presbiteriana, falando da alegria de poderem convidar à Ceia do Senhor a todos os que recebem nela o perdão do Salvador no exato momento em que o fazem, sem terem que passar por chancela de qualquer conselho, bem como convidar seus netos, herdeiros da promessa!
Sim, o que vi em Barra Mansa foi a doce revolução do Evangelho enchendo os corações de crianças, jovens, adolescentes e adultos que estão como quem sonha!
E eles estão convidando muita gente para se juntarem a eles nesta caminhada de Graça! O salão esteve cheio de gente sedenta pelo Evangelho nos três encontros que tivemos e assim tem sido desde o primeiro encontro deles, 2 meses atrás, que aconteceu debaixo de uma chuva torrencial, sem lugar apropriado para se protegerem naquele momento; foram batizados pela água que desceu do céu! As reuniões foram marcadas por alegria, muita música, sede de ouvir a Palavra e comunhão. Tudo leve, como sempre tem sido entre nós!
Com eles, seguiram outros dois grupos, o de Rialto e Siderlândia; placas foram arrancadas para que ninguém fosse mais identificado por um grupo religioso; agora, todos caminham livres em sua própria consciência do Evangelho, seguindo como amados do Pai, nossa única e mais cara identificação.
Louvo a Deus pela vida do Carlos e sua esposa Adriana, e o filhos Rui (16) e Davi (10) que me receberam tão amavelmente em sua casa, e pelos queridos novos irmãos que conheci, gente amável, hospitaleira e alegre!
Também pela vida do Abel que mentoreia Rialto e do Luciano que mentoreia Siderlândia!
Orem por mim; agora à noite sigo para Natal/RN onde fico até quarta a noite e no sábado vou a Porto Ferreira/SP; enquanto viajo, trabalho para o sustento da minha casa, e enquanto trabalho, encontro os nossos queridos que caminham conosco pelo Brasil.. .e vou assim louvando a Deus pelo privilégio de poder fazer tendas e pregar ao mesmo tempo em vários lugares deste lindo país!
Beijo em todos,
Adailton César
adailton@caiofabio.net
quinta-feira, 17 de junho de 2010
ESTE PESSOAL DO CAMINHO DA GRAÇA...
ESTE PESSOAL DO CAMINHO DA GRAÇA...
sábado, 5 de junho de 2010
O Problema da Religião
O problema da religião é que ela elege a confissão verbal como marca da relação com Deus e, por causa do que confessa, reivindica o direito a essa relação. Esquece o Cristo dizendo que os seus seriam reconhecidos não pela fala, mas pelo amor de uns pelos outros; que o chamado seria para salgar a terra e não para reproduzir uma confissão de boca; que os falsos profetas seriam reconhecidos pelos seus frutos e não por suas confissões; que a confissão deles diria justamente "Senhor, Senhor..." mas que ouviriam "Afastem-se de mim", não por terem uma confissão errada, mas por praticarem o mal.
Esquece que o Samaritano não foi exaltado por sua confissão de fé; que a fé do centurião romano foi elogiada apesar da estranheza da declaração; que a Verdade que liberta não é um conceito, uma doutrina ou uma regra de fé e prática a ser aceita e declarada, e sim uma Pessoa a ser seguida ("Eu sou a verdade")
O problema da religião é que ela trabalha para reproduzir confissões. Esquece que a confissão é algo entre Deus e o homem; que ninguém consegue levar Pedro a declarar "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo!" Esquece que uma declaração de fé não socorre o necessitado; que o sacerdote e o levita eram os da confissão e eles passaram pelo outro lado. (Lucas 10.25-37)
O problema da religião é ela achar que o mundo vai louvar a Deus quando confessar que "Jesus Cristo é o Senhor". Esquece que essa frase está na parede dos maiores abatedouros de almas, e na boca dos maiores desdenhadores de seres humanos. Acha que o mundo vai louvar a Deus quando confessar o Cristo, mas esquece que esse mundo precisa ver boas obras para que isso aconteça: "Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai que está nos céus" (Mateus 5.13-16).
O problema da religião é não admitir que a confessionalidade virou estratégia para encher lugares, promover adesões e fazer prosélitos.
O problema da religião é não admitir que só a evangelização que salga a terra pode dizer: "Não, filho, não precisa vim comigo, vai para a tua casa."
O problema da religião é ler isso aqui e achar que abrir mão da confessionalidade, é abrir mão da fé no Cristo.
O problema da religião é ela orgulhar-se de sua confissão, quando deveria sentir dores de parto por causa dela. O homem que se orgulha de sua confissão de fé perdeu (se é que já teve) a consciência de sua condição.
Pedro só ouve o "vem e segue-me" final, depois de responder à pergunta da confissão até o constragimento e, já magoado, ficar sabendo da inutilidade dessa confissão que não se traduz em amor e serviço ao próximo: "Simão, filho João, tu me amas? Apascenta as minhas ovelhas."
Devemos abrir mão da nossa confessionalidade, em nome de Jesus.
No Caminho,
Hugo Theophilo
Estação do Caminho em Maracanaú / CE
domingo, 23 de maio de 2010
SIM PARA SER, NÃO PARA NÃO SER!
Quando Jesus diz “não”, é não. Quando Ele diz: “Faça assim”; é para assim fazer.
Desse modo, veja quando Ele diz “não”.
Não julgueis. Não atireis pérolas aos porcos. Não vos mostreis aos homens quando orardes, jejuardes ou derdes esmolas. Não andeis ansiosos de coisa alguma. Não os imiteis. Assim não é no meio de vós. Não foi assim desde o princípio. Não podeis servir a dois senhores. Não resistais ao perverso. Não vos vingueis a vós mesmos. Etc.
Veja também quando Ele diz “sim”.
Sim! Seja misericordioso. Seja justo. Seja fiel. Seja solidário. Seja simples. Seja como uma criança. Seja vigilante. Seja sóbrio. Seja capaz do bem sempre. Seja dos que buscam o Reino de Deus antes de tudo. Etc.
Agora saiba:
Para cada “não” há uma total impossibilidade de que, em se buscando viver contra o “não”, se possa ser feliz.
Não adianta. Quando Jesus diz “não” ninguém consegue violar e ser feliz.
Para cada “sim” há a total possibilidade de vida e felicidade abertos para quem ande conforme a proposta.
Obedecer adianta tudo...
Quem obedece a Palavra de Jesus segue o fluxo da vida, e isto é felicidade.
Agora releia os Evangelhos!
Não é não. Sim é sim. O que passa disso sempre vem do Maligno!
Nele, que é,
Caio
domingo, 11 de abril de 2010
Só Igrejina não viu e nem vê!
E AINDA... Só Igrejina não viu e nem vê!
O mundo mudou e só “igrejina” não viu...
Ora, o mundo é “concreto” demais para amar o invisível...
Por isto os hebreus, quando se tornaram judeus, fizeram um Templo e praticamente adoravam mais ao Tempo do que a Deus.
Os cristãos originais resistiram quase 300 anos sem as “concreções” do mundo; depois se entregaram à Constantino e se tornaram uma Religião; e depois um Império; e hoje tem ainda seu Estado Vaticano; e os contrários têm seus impérios próprios...
O Protestantismo rebelou-se contra isto; mas nem tanto... Fez uma Dieta... Tirou os ídolos dos nichos... Diluiu em sua prática de autoridade a força demoníaca da autoridade papal... Porém, não podendo existir em meio a tanto valor abstrato apenas, fez de suas doutrinas as suas “realidades concretas”; fez da Bíblia/Livro/Sagrado seu ídolo contra os ídolos; sem falar que fez do “púlpito” sua “Arca da Aliança; sim, fez o seu “lugar santíssimo” [o templo/igreja]; e criou sua “classe sacerdotal”: os pastores, bispos e autoridades espirituais...
Os Islâmicos também são “monoteístas” de um Deus com terra própria; e mais: um Deus que somente ouve orações feitas a “Ele” com o corpo alinhado ao GPS geográfico de Meca, na Arábia Saudita; e ainda: com hora marcada para as orações [...] cinco vezes ao dia...
Entretanto...
O convite de Jesus é para o nada mesmo...
Sim, é um seguir sem colunas, sem altares de pedra, sem templo pra fora, sem textos sagrados; mas apenas com Cartas Vivas; sim, escritas nos corações...
O mundo, todavia, mudou; e só igrejina não viu!
É claro que teremos o judaísmo, o cristianismo e o islamismo por muito tempo ainda...
Mas serão poderes em decadência!
As novas religiões com apelo na Terra são as que não têm ideologia política e nem autoridades fixas instituídas...
Ou seja: o mundo, na Era Quântica, está cada vez mais preparado para lidar com a fé pura e simples no Espírito; no Deus que é; embora não pareça que assim seja.
Você liga a tevê e percebe que para cada dez séries sendo exibidas no cabo, três ou quatro lidam com o paranormal, com assombrações ou com óvnis...
Ora, as três coisas são equivalentes à expressões como sobrenatural [paranormal], opressão ou possessão demoníaca [assombrações]; ou ainda a designações como Arcanjos, anjos, principados e potestades [óvnis]...
Pelo menos uma vez por semana [...] penso demonstrar no “Papo de Graça” [no www.vemevetv.com.br] que a relação entre tais coisas é total, apenas variando na linguagem; sendo, portanto, uma diferenciação que se estabelece como diferente no dizer; e, sobretudo, em razão do “condicionamento” que a mente cristã ocidental tem em relação ao que seja o sobrenatural, o que sejam os demônios, fantasmas ou espíritos... E pior: com relação aos óvnis poucos discernem que são os velhos e mesmos seres que aí estão desde a antiguidade [vide o livre de Ezequiel]; — uns servindo ao Pai dos espíritos, o Senhor; outros servindo seu egoísmo e narcisismo alienígenas ou angélicos [para o mal]...
Somente quando os paradigmas de nossas interpretações milenares e sedimentadas em nós como fato caem por terra — é que nossa mente se abre para ver como nunca antes a humanidade esteve mais próxima dos poderes e realidades espirituais do que hoje!
Como Jesus predisse estaríamos também diante de coisas espantosas e de grandes sinais do e no céu!
Pois bem, as coisas cada vez mais espantosas nos cercam e cercarão; e os sinais nos e dos céus apenas aumentam e aumentarão diante de nós!
Na Terra angustia, medo, desmaios de pânico; calamidades globais, regionais e locais; guerras, ameaças contínuas e homens com surto de poder mundial; na vida em geral Ele disse que cresceria a frieza e o desamor, e que por tal razão viriam as corrupções, as manipulações, o hedonismo das surubas, a bissexualidade como experimento da angustias e da falta de sentido; e tudo o mais que faz do mundo exatamente o lugar de agonia que ele é dia a dia mais e mais...
Ora, o que me assusta é ver que igrejina continua a não ver...
Sim, o mundo está acabando, mas igrejina pensa que se elegerem muitos evangélicos para os cargos de mando, o mundo mudará; sem ver que dentre as expressões do que seja mundo em decadência, ela, igrejina, quase não tem concorrente...
Deus nos livre de um mundo de “Deus”!
Sim, do “Deus” da igrejina, do judaísmo ou do islamismo...
O mundo estará melhor sem religião alguma do que com a gestão de tais principados e potestades religiosos!
Você pergunta: o que isso afeta a fé no Evangelho de Jesus?
Minha resposta é um simples em Nada!...
Afinal, a dissolvência de tais poderes tira todo engano de poder que alguns discípulos ainda têm [pelo vício do Cristianismo] — e os coloca no lugar sem lugar; em fraqueza e serviço simples e amoroso [...]; que faz igrejina virar Igreja de Deus entre os homens; sim, ainda que sem poder segundo o mundo, mas cheia do poder que abala os poderes visíveis e invisíveis, como foi desde o principio o desejo de Jesus.
O sal há que se dissolver na terra!...
Sim; pois somente com a dissolvência do sal na terra a Luz brilhará no mundo; não de um velador feito por mãos de homens; posto que serão torres invisíveis; sim, feitas de Luz simples [...] que brilhará de aparente lugar algum...
Entretanto, somente os que ficarem livres de toda idolatrias religiosa conseguirão ver o que digo!...
Nele, em Quem sei que falo,
Caio
11 de abril de 2010
Lago Norte
Brasília
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
PERDOEM-ME O DESGOSTO! ...ESTÁ INSUPORTÁVEL!
Perdoem-me, irmãos, eu confesso a tão aguardada confissão de minha boca. Sim, eu confesso que não posso mais deixar de declarar a minha alma. Para mim é questão de vida ou morte. Perdoem-me, irmãos, mas eu preciso confessar.
Sim, eu confesso…
Está insuportável. Se eu não abrir a minha boca, minha alma explodirá em mim.
É insuportável ligar a televisão e ver o culto que se faz ao Monte Sinai, que gera para escravidão. Os Gálatas são o nosso jardim da infância. Nós nos tornamos PHDs do retrocesso à Lei e aos sacrifícios. Pisa-se sobre a Cruz de Cristo em nome de Jesus. Insuportável! Seja anátema!
É insuportável ver o culto à fé na fé, e também assistir descarados convites feitos em nome de Deus para que se façam novos sacrifícios, visto que o de Jesus não foi suficiente, e Deus só atende se alguém fizer voto de freqüência ao templo, e de dinheiro aos sacerdotes do engano e da ganância. Insuportável!
É insuportável assistir ao silêncio de todos os dantes protestantes—e que até hoje ofendem os cultos afro-ameríndios por seus sacrifícios, sendo que estes ainda têm razão para sacrificar, visto que não confessam e não oram em nome de Jesus—ante o estelionato feito em e do nome de Jesus, quando se convida o povo para sacrificar a Deus, tornando o sacrifício de Jesus algo menor e dispensável. Insuportável!
É insuportável ver o povo sendo levado para debaixo do jugo da Lei quando se ressuscitam as maldições todas do Velho Testamento, e que morreram na Cruz, quando Jesus se fez maldição em nosso lugar. Insuportável!
É insuportável ver que para a maioria dos cristãos a Lei não morreu em Cristo, conforme a Palavra, visto que mantêm-na vigente como “mandamento de vida”, mas que apenas existe para gerar culpa e morte, também conforme a Escritura. Insuportável!
É insuportável ver e ouvir pastores tratando a Graça de Deus como se fosse uma parte da Revelação, como mais uma doutrina, sem discernir que não há nada, muito menos qualquer Revelação, se não houver sempre, antes, durante, depois, transcendentemente e imanentemente, Graça e apenas Graça. Misericórdia!
É insuportável ver a Bíblia sendo ensinada por cegos e que guiam outros cegos, visto que nem mesmo passaram da Bíblia como livro santo, desconhecendo a Revelação da Palavra da Graça do Evangelho de Deus. Insuportável tristeza!
É insuportável ver que os cristãos “acreditam em Deus”, sem saber que nada fazem mais que os demônios quando assim professam, posto que não estamos nesta vida para reconhecer que Deus existe, mas para amá-Lo e conhecê-Lo. Insuportável desperdício!
É insuportável enxergar que a mensagem do Evangelho foi transformada em guia religioso, no manual da verdade dos cristãos, mais uma doutrina da Terra. Insuportável humilhação!
É insuportável ver os que pensam que possuem a doutrina certa jamais terem a coragem de tentar vivê-la como mergulho existencial de plena confiança, mas tão somente como guia de bons costumes e de elevados padrões morais. Insuportável religiosidade!
É insuportável ver gente tentando “estudar Deus”, e a ensinar aos outros a “anatomia do divino”, ou a buscar analisar Deus como parte de um processo, no qual Deus está aprendendo junto conosco, não sabendo tais mestres que são apenas fabricantes de ídolos psicológicos. Insuportável sutileza!
É insuportável ver que há muitos que sabem, mas que nada dizem; vêem, mas nada demonstram; discernem, mas em nada confrontam; conhecem, mas tratam como se nada tivesse conseqüências… Insuportável…
É insuportável ver que se prega o método de crescimento de igreja, não a Palavra; que se convida para a igreja, não mais para Jesus; e que a cada cinco anos toda a moda da igreja muda, conforme o que chamam de “novo mover”. Insuportável vazio!
É insuportável ouvir pastores dizendo que o que você diz é verdade, mas que eles não têm coragem de botar a cara para apanhar, mesmo que seja pela verdade e pela justiça do evangelho do reino de Deus. Insuportável dissimulação!
É insuportável ver um monte de homens e mulheres velhos e adultos brincando com o nome de Deus, posando de pastores, pastoras, bispos, bispas, apóstolos e apostolas, sendo que eles mesmos não se enxergam, e não percebem o espetáculo patético no qual se tornaram, e o ridículo de suas aspirações messiânicas estereotipadas e vazias do Espírito. Insuportável jactância e loucura!
É insuportável ver Jesus sendo tratado como “poder maior” e não como único poder verdadeiro. Insuportável idolatria!
É insuportável ver o diabo ser glorificado pela freqüência com a qual se menciona o seu nome nos cultos, sendo que Paulo dele falou menos de uma dúzia de vezes em todas as suas cartas, e as alusões que Jesus fez a ele foram mínimas. No entanto, entre nós o diabo está entronizado como o inimigo de Cristo e o Senhor das Culpas e Medos. E, assim, pela freqüência com a qual ele é mencionado, ele é crido; e seu poder cresce na alma dos humanos, a maioria dos quais sabe apenas do Medo da Lei, e nada acerca da Total Libertação que temos da Lei e do diabo na Graça de Jesus, que o despojou na Cruz. Insuportável culto!
É insuportável ver seres humanos sendo jogados fora do lugar de culto por causa de comida, bebida, cigarro, roupa, sexualidade, ou catástrofes de existência. Isto enquanto se alimenta o povo com maldade, inveja, mentira, politicagem, facções, e maldições. Insuportável é coar o mosquito e engolir o camelo!
É chegada a hora do juízo sobre a Casa de Deus!
De Deus não se zomba, pois aquilo que o homem semear, isto também ceifará. A eternidade está às portas. Então todos saberão que não minto, mas falo a verdade, conforme a Palavra do Evangelho de Jesus.
Com tremor e temor, porém certo da verdade de Jesus,
Caio.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
O QUE SE FALA SOBRE A GRAÇA?
Tem muita gente judiciosa, legalista, moralista, marqueteira, oportunista, e desejosa por ficar na “moda”, falando de Graça de modo ridículo, pois não conhecem-na como bem para suas próprias almas. Isto porque quando é verdadeira, a Graça gera espírito de generosidade, misericórdia e perdão entre os homens; e, em relação a Deus, gratidão e confiança incondicionais.
Mas o que se fala hoje sobre Graça?
Para uns ela é uma “doutrina”. Para outros ela é uma “função divina”. Para alguns ela é “aquilo que nos salva”. Há ainda aqueles para os quais ela é a “nossa chance de barganha” com Deus. Para outros é um tema legal, bom, humano, generoso... E há a maioria, que fala na Graça como “sedução evangelizadora”. Para todos esses, a Graça não serve para nada em suas vidas, sendo apenas um “papo de crente”.
Os que pensam na Graça como uma “doutrina”, não sabem que torná-la qualquer coisa, mesmo uma “doutrina”, a converte em Lei de Pedras, uma espécie de Lei da Graça Escrita — o que torna aquilo que em si é intangível, e pela sua própria qualificação um “favor imerecido”, algo predefinido e contido, o que é uma contradição em relação à confissão de que a Graça é “favor imerecido”, posto que tudo aquilo que é imerecido, em si mesmo carrega a declaração total liberdade de ser. Assim, torná-la uma “doutrina”, é fazer dela uma Lei de Moisés Aristotélica. Nada além disso, visto que nesse caso, ela não é nada para o ser além de uma definição intelectual. Um ídolo da mente.
Os que tratam a Graça como uma “função divina”, vêem-na como algo que se parece com aquilo que, analogicamente falando, poderia ser visto como um “órgão de Deus”, assemelhando-se a uma espécie de fígado de Deus, ou Seu pulmão, ou Seu coração, ou Seus rins... Assim, quando se ouve tais pessoas falarem em Graça, soa a meus ouvidos como se um cirurgião estivesse tentando mostrar a constituição interna da Anatomia Divina. Uma obra de exumação teológica do ser de Deus.
Os que pensam na Graça como uma “chance de barganha” com Deus, vêem-na como se ela fosse uma oportunidade para apresentar um caso a um Rei. No entanto, nesse caso, a Graça é uma “oportunidade”. O resto, porém, fica por conta da malandragem do crente-súdito, quanto a aproveitar a chance na “mesa de negociações do Rei”, e apresentar uma proposta, fazer um acordo, fazer um sacrifício, etc... É o que Graça é para esses tais: a chance de sentar na mesa de “negociações” com Deus. Ou seja: a Graça seria apenas uma lobista, e que teria a prerrogativa de secretária de Deus, podendo definir quem consegue o direito de se assentar na mesa das negociações.
Para aqueles para os quais a Graça é um tema legal, bom, humano e generoso, ela é apenas um sentimento, uma escolha pelo que é humana e politicamente correto entre os liberais da Terra. É um tema bom para um livro. Para um best-seller agradável de ler. É “sadio”, é mais “humano”, é mais “cult”... Mas não gera vida, criando apenas uma espécie de posicionamento belo e correto, porém nada além disso.
Para os que a Graça é uma “sedução evangelizadora”, ela é uma estratégia, é o que se deve dizer aos que “ainda estão fora da igreja”, os quais ainda não foram presos pelas forças da Religião Cristã. Mas logo depois que a pessoa é “laçada”, a Graça é esquecida, ou vira doutrina, ou função divina, ou é aquilo que seduz o aflito ou que garante a oportunidade da barganha na mesa de negociações do Reino de Deus.
Quando eu comecei a falar em Graça explicitamente não como doutrina, não como função divina, não como “oportunidade” de barganha, não como um tema teológica e politicamente correto, e, muito menos como “sedução evangelizadora”, milhares estranharam... Isto há apenas três anos e meio.
Milhares foram as cartas que recebi acusando-me de ser “liberal”, ou de estar desconstruindo antigos esquemas teológicos, ou de estar me “auto-justificando”, ou de “exagero”, ou de muitas outras coisas... Quem lê o site desde o início sabe disto tanto quanto eu.
Eu, todavia, insistia em que a Graça não é especial, e que o comum é a Graça. E mais: que ela não é doutrina, mas uma consciência, fruto do entendimento do significado da Cruz, e cuja realidade não foi uma invenção divina para “remediar” a Queda, uma espécie de “remendo de pano novo em veste velha”. Mas é muito ao contrário disso. Pois se o Cordeiro foi imolado antes da fundação do mundo, então, desde o inicio a Graça é o especial-comum de toda ação de Deus. Além disso, somente num Universo Auto-existente, no qual Deus fosse apenas o Habitante mais Antigo e mais Poderoso, não haveria Graça, mas tão fomente atos de Benevolência de um “deus velho e forte”... Mas não seria Graça, posto que a Graça pressupõe a não existência de nada antes dela, sendo ela a Causa de ser de todas as coisas, visto que tudo procede de Deus, e nada o precede. Só assim a Graça é favor imerecido antes de tudo, posto que nesse caso, o ato de criar, é uma decisão de total Graça, visto que Deus não criou para se fazer acompanhar no Universo, mas apenas porque Deus só é Deus se cria. Um Deus que nada cria, não é Deus, pois um Deus que não faz tudo como amor livre, não é Deus. Aliás, nada é. Assim, o exagero não é exagero. Afinal, um Deus que é antes de todas as coisas, e que é amor, e que se entrega como garantia de Sua própria criação antes de realizá-la, é mais multiforme nas formas de Seu amor do que se pode imaginar, assim como chocantemente diversas são as criaturas que fez e as inconcebíveis variáveis de todos os Seus atos criadores. Isto porque se a Graça vem antes de tudo — o Cordeiro imolado antes da criação do mundo —, então, pode-se ver nas variedades da criação uma analogia da multiforme Graça de Deus, a qual, na criação, não obedece a nada fixo, mas se faz crescer em adaptabilidades infindas, posto que a Forma não é a Vida, porém a Vida tem muitas formas, e evolui na propriedade dos aplicativos que são propostos de modo pertinente ao crescimento da vida. Os aplicativos da Graça em relação aos homens são no mínimo tão variados, quantas são as variedades das criaturas criadas.
Porém, antes de tudo, a Graça equivale ao Conhecimento Experiencial de Deus. Uma Graça que é só logorreia religiosa, uma doutrina, ou o confeite de uma mensagem, ou que se apresente como qualquer outra coisa que não seja a experiência de Deus na vida, não é Graça.
A Graça gera o fruto da paz e inicia o processo de transformação do ser; e, sobretudo, dá à pessoa a certeza da Confiança, a qual é a demonstração mais papável da Graça na experiência humana em Deus.
Hoje leio já um monte de gente “papagaiando” sobre a Graça, embora, em suas bocas, a Graça ainda não seja aquilo que elas estão sentindo e falando, pois nem todos estão descobrindo que ela é a essência das coisas antes delas existiram. Não! Elas só estão começando a falar em Graça em razão de que já viram que o povo está compreendendo a Palavra; e como eles já se vestiram de baiana a fim de segurar a moçada, agora estão incluindo a Graça em suas falas, ainda que no coração continuem odiosos, mascarados, invejosos, oportunistas, ou apenas politicamente corretos. Afinal, algo só é “heresia e exagero” até que o povo comece a crer na mensagem. Desse modo, eles — que já se fizeram de “baianas” a fim de chamar atenção —, incluem a Graça na mensagem apenas para dar a impressão de que não pregam a “heresia” do desamor. Sim, porque não afirmar a Graça, já está soando como “heresia” para o povo. Então, muitos estão mudando a fala, embora nada tenha mudado em seus corações.
Quem crê na Graça, vive a Graça como experiência de amor e paixão por Deus, vivendo a Sua paz, e conhecendo a Deus para si mesmo, antes de falar no assunto para alguém.
A Graça não é só melhor que a vida. Sem a Graça não há vida. Embora em seu nome possam aparecer muitos “boneco de ventrículo”, os quais jamais conheceram a Graça como misericórdia pelo próximo; mesmo o mais esquisito deles.
Muita gente vai falar cada vez mais em “Graça”. A questão, todavia, é se eles conhecem, aproveitam, se beneficiam, e provam a Graça como alegria, descanso e paz.
Sem que seja assim, pode-se falar em Graça, porém, tal Graça, ainda é uma falsificação. Posto que a Graça não é para ser falada antes de ser experimentada e praticada como confiança em Deus e pacificação pessoal do ser.
Nele,
Caio
LIVROS DO CAIO FÁBIO ( Livres p/ download ).
(demora um pouco para abrir)
Tenha uma ótima leitura!
(É necessário Adobe Acrobat Reader instalado)
(arquivo em Power Point)
* O Deus que não desiste de amar
* Como ser usado por Deus
* Eu quero ser feliz
* Onde está o infinito-pessoal
* Igreja: Crescimento integral
* Habacuque: Um profeta em agonia - Revista Ultimato 1990
* Uma Graça que Poucos Desejam