A chamada Lei da Oferta e da Procura se fixou em nossa mente como algo ligado ao mundo dos negócios, ao comércio e ao dinheiro.
No entanto, a Lei da Oferta e da Procura está presente em tudo na natureza, para o bem e para o mal.
Quando mudamos para esta casa que o Caminho da Graça aluga para vivermos em Brasília, aqui havia apenas um gramadão, com duas mangueiras, um abacateiro, uma goiabeira, e muitas Bougainvilleas. Algumas já bem antigas, e, por isto, florescendo pouco, já fracas.
Mas não quase não havia pássaros ou borboletas, embora eu visse que no aqui no Planalto Central há uma variedade imensa e interessante de pássaros.
Então decidimos começar a atrair as aves e borboletas.
Primeiro as flores. Depois água. E, ainda, comida para atrair mais rapidamente.
Eles vieram. Bem devagar. Depois aos bandos. Isto aqui virou um aeroporto de New York de passarinhos...
Com eles vieram ratos...
Então, com muita tristeza, parei de dar comida e, assim, diminuímos os ratos, os quais agora não resistem a doses periódicas de um pó assassino...
Os pássaros oportunistas se foram com a ausência da comida farta e gratuita...
Outros, entretanto, ficaram; e ficaram aos montes...
Entre eles muitos sabiás... De vários tipos... O mais belo de todos é o “Laranjeira”... Os Bem-te-vis também são em grande quantidade. Mas tem de tudo um pouco... Alguns mínimos e outros grandes, como um “alma de gato” que pousa diariamente aqui... Enorme!
E por que eles ficaram?
Pela água, que é abundante em um lugar seco como este. Isto em razão dos três laguinhos que construímos aqui, bem pequenos, porém suficientes para gerar a oferta como atrativo para a procura.
Também pelos peixes dos lagos. Os Bem-te-vi amam tentar pescar algum peixe, e, frequentemente, o conseguem...
Além disso, quando está muito seco eu faço as árvores do jardim choverem... Instalei uns sprinklers no topo das árvores, e, assim, quando está seco demais, vou lá e chovo; então os pássaros voam todos, aos montes, e celebram como o fazem quando, em dias muitos secos e depois de longos períodos, caem as primeiras chuvas.
É uma maravilha para a alma!...
Mas se não houvesse a oferta não haveria a procura!
Portanto, tudo depende do que se oferece.
Ofereça o que pássaros gostam e pássaros aparecerão.
Ofereça o que abutres gostam e abutres aparecerão.
E mais:
Rato também gosta do que pássaro gosta.
Por isto, às vezes, a gente tem que ver o que pode ‘segurar’ o que se deseja sem ‘atrair’ demais o que não se quer.
Por vezes a sabedoria manda regular a oferta...
Mas quando se encontra o equilíbrio, cria-se um sistema de vida com auto-sustentabilidade, e, assim, basta que se mantenha a coerência, pois, a vida ganhará automaticidade e harmonia.
É simples assim...
A árvore corresponde à semente...
Do mesmo modo é pela oferta que se atrai ou não o que se queira ou não...
Portanto, veja se o que lhe procura na vida não vem em razão do que você oferece como alimento para a existência todos os dias!...
Quem oferece carniça não pode se queixar de urubus.
Assim, não se queixe do mundo. Apenas reveja a sua oferta à vida.
O que você oferece à vida?
De que são feitos os seus pensamentos?
Quais os materiais que sua existência fornece aos outros?
Sim, o que procede de você como oferta à vida?
Neste mundo os faros sempre acham o que amam comer...
Assim, antes de tudo, pergunte-se:
Por que será que eu só atraio o que depois tenho que mandar embora?
Não atraio eu quase que somente aquilo que ofereço como alimento à existência?
É claro que sim!
Nosso jardim comprova essa Lei da Existência!
Caio
28 de junho de 2009
Lago Norte
Brasília
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