O “Caminho da Graça” não existe, a menos que você o torne existente para você.
Tem gente que pensa que existe algo real com o nome de “Caminho da Graça”. Não. Tal coisa não existe. E jamais deixarei que exista.
Existe uma nomenclatura dada a um movimento de busca da simplicidade do Evangelho, o qual, entre nós, circunstancialmente, se chama “O Caminho da Graça”.
Mas não existe nada como as mulheres do “Caminho da Graça”, os adolescentes do “Caminho da Graça”, os jovens do “Caminho da Graça”, ou mesmo os mentores do “Caminho da Graça”.
Temos reuniões para gente: homens, mulheres, crianças, jovens, adolescentes e até para os adultos que se sentem eternamente meninos. Mas participar do grupo não faz da pessoa uma pessoa do “Caminho da Graça”, a menos que ela viva o Evangelho.
No “Caminho da Graça” somente é quem é; quem não é… pode freqüentar, estar em todas, mas não é.
Sim! Pois no “Caminho da Graça” apenas se dá valor ao que a pessoa faça de uso do bem do Evangelho para ela. Se fizer…, está no “Caminho da Graça”, se não fizer... pode fazer o que desejar, mas não é e não está no “Caminho da Graça”.
É por isto que não temos “membros”, nem “oficiais”, nem coisa alguma que dê à pessoa a ilusão de que por ter uma função oficial, isto faça dela uma pessoa especial.
Perguntam-me:
“Fulano é do “Caminho da Graça”?”
Respondo:
“Não sei. É?”
Então afirmam:
“É sim. Tá lá todo domingo!”
Respondo:
“O diabo também”.
Retrucam:
“Mas a pessoa da qual falo é de lá sim; diz que é seu discípulo e defende você em tudo!”
Respondo:
“Defender-me não o torna do “Caminho da Graça”. Ele será do “Caminho da Graça” apenas se andar com Jesus, o Caminho. No “Caminho da Graça” não temos ninguém que seja do “Caminho da Graça” apenas porque apareça, goste ou freqüente”.
Temos uma reunião ou mais. O nome do ajuntamento desses discípulos é “Caminho da Graça”. Mas o nome somente será mais que um nome se a pessoa viver o Caminho de Jesus, abraçar o Evangelho. Do contrário, é apenas uma pessoa freqüentando um ambiente no qual o Evangelho é pregado; embora a pessoa não seja do “Caminho da Graça”, a menos que se faça um ente de tal realidade pela simples seriedade com a qual trate o Evangelho em sua vida.
Assim, quando me dizem:
“Os jovens do “Caminho da Graça” ou os adolescentes do “Caminho da Graça” estão fazendo besteira”, eu digo:
“O Caminho da Graça” não tem a paternidade de ninguém. O “Caminho da Graça” não adota pessoas; pessoas é que adotam o “Caminho da Graça” quando se tornam discípulas de Jesus. Enquanto obedecerem ao Evangelho serão do “Caminho da Graça”, mas no dia em que desistirem do Evangelho como bem para as suas próprias vidas, nesse dia já não serão do “Caminho da Graça”.”
Por isto, no “Caminho da Graça” ninguém disciplina ninguém se você entender por disciplina aquilo que as “igrejas” fazem: afastar o membro.
No “Caminho da Graça” ninguém afasta ninguém, as pessoas se afastam quando não suportam mais o Evangelho.
E quando há dos que não assumem e nem se afastam, nada muda, pois, tem-se apenas uma pessoa ouvindo o Evangelho, e, em mim, sempre há a esperança de que a pessoa se converta.
O “Caminho da Graça” não assume nenhum papel de Xerife, ou de pai, ou mãe, ou de “igreja”; ou seja: de superego dos crentes!
No “Caminho da Graça” quem, sendo filho, tem pai e mãe, o “pastor” de tal pessoa jovem será o pai ou a mãe.
Ninguém é chamado para se explicar. A vida da pessoa a explica todo dia, para o bem e para o mal.
No máximo o que se faz é, ao se ver que uma pessoa não está andando conforme o Evangelho, apenas pedir que ela dê um tempo nas atividades publicas à frente de eventos ou coisas relacionadas ao “Caminho da Graça”, mas se insta com ela para que fique exposta à Palavra.
“O Caminho da Graça” apenas tem duas instancias de manifestação; uma grupal e densa e outra individual; ou seja: as reuniões do grupo e as ações dos indivíduos comprometidos com o Evangelho.
Não queremos ser uma comunidade/clube, na qual os membros se sintam pertencendo ao grupo.
No “Caminho da Graça” apenas queremos que as pessoas se exponham ao Evangelho. Se andarem juntas por gostarem da companhia umas das outras, que façam bom proveito. Mas não é por isto que se tornam mais do “Caminho da Graça” do que quem apenas ouve a Palavra e faz bom proveito dela em sua vida, sem jamais querer sair para comer uma pizza depois da reunião, que pode até ter sido “um culto”, no caso de todos os que dela participem tenham adorado a Deus em espírito e em verdade, no ato de cultuarem juntos.
Assim, um monte de adolescentes que andem pelas reuniões do “Caminho da Graça” não são os “Adolescentes do Caminho”, mas apenas um grupo de meninos que aparecem nas reuniões do “Caminho da Graça”.
Os do “Caminho da Graça” são os que, pela vida, confessam Jesus e o Evangelho. Os que assim não fazem são apenas pessoas que aparecem aos encontros, mas que nada fazem do bem do Evangelho em suas vidas; portanto, andam nas reuniões do “Caminho da Graça”, mas ainda não estão no Caminho.
Assim, no “Caminho da Graça” ninguém é a menos que seja; pois, se não for, não se tornará por nada neste mundo.
“O Caminho da Graça” não é um ajuntamento, antes de ser um conceito: O Evangelho.
Meu compromisso é apenas pregar sem falsificação do Evangelho. O que fazem com o que prego é decisão de cada um. Eu, todavia, não tenho membros e nem oficiais, pois, entre nós, só é oficial aquilo que se torna vivo pelo Evangelho todos os dias, e só é membro quem serve o próximo, não quem dá o dízimo ou vira bucha de reuniões sem sentido... para a pessoas que aparecem sem saber nem bem a razão.
Desde que “O Caminho da Graça” iniciou aqui em Brasília, e, depois, pelo Brasil e até em outros paises, já recebi cartas de pessoas me cobrando algo sobre o comportamento de alguém ou alguns que dizem ser do “Caminho da Graça”.
Minha resposta é sempre a mesma:
“Ele pode até freqüentar as reuniões, mas não é do Caminho, pois, no “Caminho da Graça” só é verdade o que for verdade em Jesus, o que não for, não faz ninguém se tornar do “Caminho da Graça”.
No Caminho de Jesus só é quem se faz ser todos os dias!
Quando você vir alguém se jactando que é do “Caminho da Graça”, não creia nele. Quem é do Caminho não se jacta de nada, apenas serve sem questões e sem argumentos.
Quando você vir alguém se dizendo do “Caminho da Graça” ao mesmo tempo em que negue o Evangelho na prática da vida, pode dizer: “Você freqüenta as reuniões do grupo o “Caminho da Graça”, mas você não é do “Caminho da Graça”, posto que não haja graça em seu caminhar”.
Perguntam-se:
O “Caminho da Graça” tem membros?
Respondo:
“Tem todos os que andam com Jesus segundo a simplicidade do Evangelho. Esses são os membros se forem membros do Corpo de Cristo, manifestando isso pela adesão de discípulo a Jesus”.
No dia em que se fizer a “conta” de quantos sejam os membros do “Caminho da Graça”, nesse dia o “Caminho da Graça” acabou.
A permanecia do “Caminho da Graça” dependerá totalmente de sua coragem de total impermanência.
Um grupo de gente que freqüenta o “Caminho da Graça” é apenas um monte de gente que freqüenta o “Caminho da Graça”.
Se estiverem fazendo o que é bom, bom será o que fizeram. Se estiverem fazendo o que é mal, mal será o que fizerem.
Simples assim.
Se passar disso, saiba: não é o “Caminho da Graça”; pois, entre nós tal é radicalidade existencial anunciada; se for, é; se não for, não é.
O resto é o velho fantasma da “igreja” assombrando os crentes ainda viciados em pertencer sem ser.
Ou então é o ardil de sempre do diabo, estimulando o individuo a pertencer [como se fosse possível] sem se tornar.
Em Jesus quem é, é; quem não é, não é.
É assim que é com Jesus. Por que deveria eu adotar outro critério?
Jamais!
Afinal, no “Caminho da Graça” não vale tudo e não vale nada, pois, só vale o Evangelho.
Assim, quem ama Jesus e anda no Evangelho, esse é do “Caminho da Graça”. Mas quem apenas acha legal ou pensa que vale tudo, esse saberá que no “Caminho da Graça” as coisas são ainda mais estreitas, pois, não se tem a ilusão nem dos números e nem dos membros...; posto que apenas sejam do “Caminho da Graça” os que sejam do único Caminho de Vida, Jesus.
Perguntam-me:
“No “Caminho da Graça” vale tudo?”
Respondo:
“Não! No “Caminho da Graça” só vale o que seja Evangelho; pois, o que não for... para nós não vale nada!”
Portanto, só é membro do “Caminho da Graça” quem se fizer ramo da Videira por conta própria, único modo de alguém se tornar ramo da Videira Verdadeira,
Nele,
Caio
25 de março de 2009
Lago Norte
Brasília
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