Iniciou o ano, e já não suporto mais ouvir determinadas frases proferidas por “profetas” entusiasmados com o novo ano. Frases como: “2009 será o ano da colheita!”, “Este é o ano da restituição!”, “Deus irá estremecer esta nação em 2009!”, “Será um ano com bênçãos especiais!”, “Será um ano de vitórias!”, “Este é o ano do avivamento!”.
A cada ano esta preleção esdrúxula não muda, e pelo andar da carruagem nunca mudará. Somos cristãos e agradecemos a Deus por mais este ano, e somos eternamente gratos pela Sua infinita misericórdia. Alías, por falar em misericórdia: Alguém já ouviu uma frase para o ano novo como: “Em 2009, a graça e a misericórdia do Senhor continuará ao nosso lado em todos os momentos de dificuldades!”. Dificuldades? Anátema seja eu! Como iniciar um ano pensando que dificuldades me sobrevirão. Como posso profetizar de antemão o auxílio do Senhor, antes mesmo dos problemas me assolarem. Simples! 2009 será um ano como qualquer outro (a não ser que Cristo retorne!). Com dificuldades, alegrias, choros, angústias, sorrisos, etc. Não sou néscio o suficiente para bradar com minha boca palavras que emergem de um coração cheio de vanglória, e egocentrismo. Prefiro me afastar de profecias, e revelações que desmascaram os desejos do meu enganoso coração. Prefiro calar-me e repousar, como em 2008, sobre a sombra da graça divina, esperando que Cristo mediante o seu Espírito, opere em mim tanto o querer como o efetuar. Em 2009, prefiro continuar vivendo junto de um Cristo que sofre junto comigo, e que dirige a minha vida, mesmo em meio a caminhos difíceis. Recuso-me estar ao lado de um cristo triunfalista, que conspira a todo custo para que eu seja feliz em meio à alegria materialista, consumista, e capitalista. Não! Este cristo eu não desejo! Que Cristo seja glorificado em minha vida pela minha renuncia existencial. E caso Ele decida me abençoar, seja Ele glorificado por Sua misericórdia, e não meu esforço próprio.
Perdoem-me, mas não vendo a minha alma a um cristo que cumpra todos os meus desejos. Seria um cristo pequeno demais, manipulável, e fraco. Mesmo não havendo milagres, mesmo não havendo prosperidade, mesmo não havendo saúde. Desejo que a Verdadeira Videira continue a me alimentar. E se necessário for podar-me para que eu venha crescer ainda mais ao seu lado, brado como bem escreveu Stott: “A dolorosa tesoura de podar está em mãos seguras”. Engana-se quem acha que esta tesoura foi aposentada em 2009.
Autor: Vitor Hugo da Silva
A cada ano esta preleção esdrúxula não muda, e pelo andar da carruagem nunca mudará. Somos cristãos e agradecemos a Deus por mais este ano, e somos eternamente gratos pela Sua infinita misericórdia. Alías, por falar em misericórdia: Alguém já ouviu uma frase para o ano novo como: “Em 2009, a graça e a misericórdia do Senhor continuará ao nosso lado em todos os momentos de dificuldades!”. Dificuldades? Anátema seja eu! Como iniciar um ano pensando que dificuldades me sobrevirão. Como posso profetizar de antemão o auxílio do Senhor, antes mesmo dos problemas me assolarem. Simples! 2009 será um ano como qualquer outro (a não ser que Cristo retorne!). Com dificuldades, alegrias, choros, angústias, sorrisos, etc. Não sou néscio o suficiente para bradar com minha boca palavras que emergem de um coração cheio de vanglória, e egocentrismo. Prefiro me afastar de profecias, e revelações que desmascaram os desejos do meu enganoso coração. Prefiro calar-me e repousar, como em 2008, sobre a sombra da graça divina, esperando que Cristo mediante o seu Espírito, opere em mim tanto o querer como o efetuar. Em 2009, prefiro continuar vivendo junto de um Cristo que sofre junto comigo, e que dirige a minha vida, mesmo em meio a caminhos difíceis. Recuso-me estar ao lado de um cristo triunfalista, que conspira a todo custo para que eu seja feliz em meio à alegria materialista, consumista, e capitalista. Não! Este cristo eu não desejo! Que Cristo seja glorificado em minha vida pela minha renuncia existencial. E caso Ele decida me abençoar, seja Ele glorificado por Sua misericórdia, e não meu esforço próprio.
Perdoem-me, mas não vendo a minha alma a um cristo que cumpra todos os meus desejos. Seria um cristo pequeno demais, manipulável, e fraco. Mesmo não havendo milagres, mesmo não havendo prosperidade, mesmo não havendo saúde. Desejo que a Verdadeira Videira continue a me alimentar. E se necessário for podar-me para que eu venha crescer ainda mais ao seu lado, brado como bem escreveu Stott: “A dolorosa tesoura de podar está em mãos seguras”. Engana-se quem acha que esta tesoura foi aposentada em 2009.
Autor: Vitor Hugo da Silva
Fonte: [ Perícopes do cotidiano ]
Enviado por Ricardo Ferreira
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