Todo mundo que me lê sabe que o “Cristianismo” é, em minha visão, apenas um fenômeno humano. Nele há coisas boas, mas também há uma montanha de criações humanas que nada têm a ver com a Escritura — menos ainda com Jesus (a chave hermenêutica) e com o Evangelho (que só é entendido em Jesus).
Desse modo, vejo no Cristianismo um poder político-religioso que se tornou profundamente desarticulado, especialmente com o advento do Protestantismo, o qual pulverizou o que antes era monoliticamente uma coisa só na Igreja Católica — apesar de suas divisões internas.
Assim, o reino de Deus em nada depende do “Cristianismo” — podendo, entretanto, eventualmente, ter nele (no “Cristianismo”) algum sinal, mensagem, gesto ou ação. Isto quando o “Cristianismo”, de vez em quando, se submete ao Evangelho.
Mas a morte do “Cristianismo” ou a chegada da “Era Pós-Cristã”, em nada deve nos afligir, pois, a única coisa que interessa ao reino de Deus é se o Evangelho do Reino está sendo pregado às nações, e não se o “Cristianismo” está forte — posto que o “Cristianismo” fortalecido em nada significa “evangelho sendo pregado”.
Entretanto, deve ser admitido que cresce uma campanha subliminar que visa tirar o “Cristianismo” do Ocidente e da Terra toda. E isto é assim sob o argumento “politicamente correto” que se faz apresentar do ponto de vista social e político pela afirmação de que o Ocidente é hoje completamente cosmopolita — composto de culturas, etnias, raças, crenças e religiões do mundo inteiro.
Todavia, na base disso, consciente ou inconscientemente (ainda que para muitos possa ser inconsciente, há um grupo de pessoas que sabem o que querem, sabem o que estão fazendo, e sabem o que alcançarão) — há, por parte de uma elite cultural, econômica, política, ideológica, filosófica, e cientifica, a disposição de enfraquecer tudo o que possa dizer respeito a Jesus e ao “Cristianismo”. Mas como eles não separam Jesus do “Cristianismo”, o ataque é geral.
Veja, por exemplo, o National Geographic Channel. Na Virada do Ano que acaba de acontecer eles divulgaram uma saudação na qual diziam como judeus, mulçumanos, hindus, etc., celebram o Ano Novo em épocas diferentes do ano. Tudo bem! Ao final diziam “Feliz Ano Novo!” Mas a mensagem que sub-jaz é outra...
O que se está dizendo é: “A referência de ano estabelecida no Ocidente pela cultura cristã é relativa no resto do planeta”.
Certo! Porém, pergunto: Eles fariam tal saudação no Japão, em Israel, na Arábia Saudita, ou em Nova Delhi?
É claro que não!
Fazem isso somente aqui. E por quê?
Ora, é que esta é a Era da Negação de Jesus. O “Cristianismo” é apenas um infeliz detalhe. Mas a “mensagem” deles está dada... E será cada vez mais enfatizada.
Estamos de fato assistindo a mudança de um Aeon. Uma Era. “Século”, na linguagem dos evangelhos.
Estes dois mil últimos anos foram determinados pelo poderio de Roma via fortalecimento do “Cristianismo”. Sem o “Cristianismo” Roma teria desaparecido com a Queda do Império Romano.
Mas, em razão da “conversão-sempre-adiada” de Constantino ao que veio a se transformar, sob a tutela dele, no “Cristianismo”, é que se garantiu o espírito de Roma no mundo pela existência e força da Igreja Católica.
O espírito de Roma habita a Igreja Católica na sua versão Vaticana!
Entretanto, essa Era está chegando ao fim. De fato, já acabou — alimentando-se ainda e apenas de sua energia histórico-inercial.
Vendo os programas de televisão de Natal feitos pelas redes de televisão globais (ou seja, que cobrem a terra toda), vi claramente que até mesmo em relação ao “Cristianismo” eles têm uma agenda e um critério de seletividade do que é e do que não é “questionável”; e isto a fim de apresentar em seus documentários.
Para eles o que é “questionável” é tudo o que é essencial na confissão dos evangelhos. E o que não é “questionável” é tudo aquilo que possa supostamente “reforçar” a tese desta Nova Era.
Assim, o nascimento virginal, a castidade de Jesus (ele teria tido um caso com Madalena), os milagres, a traição de Judas, e a Ressurreição — são temas questionáveis ao extremo. Mas a viagem dos “Três Reis Magos” vindos da Pérsia para Israel (coisa no que creio do mesmo modo como creio nas outras) passou a ter um papel central nas histórias de Natal das redes de televisão mundial.
Por quê?
Porque de magos e de orientalismos é o que se quer ouvir falar, posto que o “Cristianismo” perdeu qualquer que seja o apelo. Do “Cristianismo” se usará agora apenas aquilo que reforçar a tese desta Nova Era.
Por ists os evangelhos apócrifos de Judas, Tomé, Bartolomeu, Filipe, Maria Madalena, etc., ganharam tanta importância; pois, neles, Jesus é “outro Jesus”. Sim! É um Jesus “maitreianizado”. Um Jesus metrossexual. Um Jesus gnóstico. Um Jesus Da Vinci!
Nesse caso Jesus e o “Cristianismo” são úteis. Ou seja: quando reforçam a tese do “Cristo da Nova Era”.
Há muito mais coisa sendo urdida na Terra do que desejamos acreditar. Entretanto, deveria ser tão simples crer. Afinal, vivemos num mundo de encontros, de estratégias, de cartéis, de confrarias de mercado, de clubes de informação, de conspirações, de arapongagens, de espionagem, de controle, de capacidade de traçar uma agenda comum e secreta, e de ter interesses maiores do que diferenças ideológicas, religiosas, nacionais, étnicas, etc.
Sim! Se admitimos tudo isso em escala amadora, nacional, política e de natureza pública (indo da Abin, aqui, à CIA, “ali”; indo do Clube dos 7 aos Encontros de Gaia, em escala global), por que a dificuldade em crer em esquemas e articulações muito mais profundas e secretas, tipo o que acontece no Bilderberg Club, por exemplo?
Não sou paranóico, mas já estive em muitas situações nas quais vi como homens poderosos mexem um país inteiro com apenas uma decisão!
Já vi decisões entre cafezinhos e gargalhadas virarem “Jornal Nacional”; ou até em matéria do “New York Times”.
Sim! O que já vi, com meus olhos, não me deixa mais olhar o mundo e seus sistemas com inocência. E o Apocalipse manda ver que se trata de um sistema global mesmo. E que não se trata de apenas um poder, mas sim de um conjunto de poderes, forças, meios e interesses.
“Acautelai-vos do fermento de Herodes e do fermento dos fariseus” — disse Jesus.
Eles sempre têm seus acordos. Eles se unem em razão de interesses maiores. Seu maior interesse é controlar. E em tais ambientes cabe de tudo — desde ricos e poderosos a líderes mundiais; assim como também nele há lugar para médiuns, paranormais e pessoas supercapacitadas ou super-influentes.
Sim! Uns vão pela maldade. Outros pelo controle. Outros pelo prestígio. Outros pela vaidade. Outros por ideologia.
Mas ninguém se engane: os dias são maus. E de nós se requer que tenhamos os olhos bem abertos, que nos unamos em torno do Evangelho, e que busquemos diminuir as distâncias entre os que crêem.
Pois os que dizem crer em outra coisa, unem-se, investem seu dinheiro e tempo e põem seus recursos a serviço de sua causa; e são determinados em seus objetivos maiores do que a vontade de aparecer publicamente — visto que o que fazem é secreto, sendo revelado apenas para um seleto grupo de musos e musas do poder.
Para pensar, orar e ver!
Nele, que está conosco pelos séculos dos séculos — ou seja: em todos os Aeons,
Caio
05/01/07
Lago Norte
Brasília
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